
Mas o começo de sua carreira não foi fácil, segundo Miller, tendo chegado até a passar fome na cidade de Nova York em 1975 com então 18 anos. Como sempre foi apaixonadao por histórias policiais noir, um de seus autores prediletos era Mickey Spillane, criador do detetive Mike Hammer, Miller provavelmente quando chegou a Nova York teria o sonho de escrever histórias em quadrinhos deste personagem.
Mas a realidade não foi bem essa, pois o mercado se mostrava promissor apenas para aqueles se mostravam dispostos com quadrinhos de Super Heróis, que iniciavam sua escalada para o sucesso naquela época. Sua carreira começo a se consolidar com graças a Neal Adams, que lhe possibilitou realizar seu primeiro trabalho em quadrinhos para a editora Gold Key, na revista Twilight Zone (Além da Imaginação) n. 84, de junho de 1978, em que fez a arte para a história "Royal Feast". Outros trabalhos seguiram, para a DC Comics (Weird War Tales) e Marvel Comics (John Carter: Warlord of Mars, Doc Samson). Apesar destes trabalhos, era grande sua insegurança na época e dizem até que ele passava dias desenhando uma única página par se acostumar com o estilo dos Super Heróis.
O Início do Sucesso
Em pouco tempo, Frank passou a trabalhar como freelancer para diversas editoras, Como a DC e a Marvel. Nesta última, em 1979, passou a chamar atenção depois de uma história de duas edições (27 e 28) do "Espetacular Homem-Aranha",que chocou os fãs do aracnídeo ao mostrar um Justiceiro com capacidade de antecipar os movimentos do herói (até então tidos como imprevisíveis) e que não o assassinou apenas por se convencer de que o mesmo não era um criminoso.
Logo depois Miller foi designado a trabalhar com Daredevil (Demolidor) , atuando como desenhista regular a partir do número 158 , em colaboração com o arte-finalista Klaus Janson, e esporadicamente colaborando com o roteiro. A Partir então, da edição 168 passou a atuar como escritor oficial, quando introduziu a personagem Elektra , o primeiro dos seu grandes sucessos. A competência de Miller com o Demolidor foi tão grande que a revista foi considerada como a melhor publicação da Marvel nos dois anos seguintes a sua entrada como roteirista. A apoteose do seu trabalho como Demolido foi a trama intitulada "Born Again" ("A queda de Murdock"), publicada dos números 227 a 233, de 1986, em que, na arte de David Mazzucchelli. A trama gira em torno da derrocada da vida de Matt Murdock, o Demolidor, financeiramente, fisicamente e psicologicamente. E apos tudo isso o personagem consegue se superar e fortalecer como defensor da “Cozinha do Inferno”
Em 1982, desenhou a mini-série Wolverine, escrita por Chris Claremont, onde podemos perceber uma grande influencia da cultura oriental em sua obra. Além da trama que se passa no Japão, as garras do Wolverine foram desenhadas como se fossem lâminas de uma espada samurai.
Em 1993, ele escreveu a mini-série "Demolidor: o homem sem medo", desenhada por John Romita Jr. contando a origem do Demolidor em um estilo mais cinematográfico.
Frank também é conhecido por escrever a mini série "Ronin",inspirada no trabalho de Kazuo Koike e Goseki Kojima em Lobo Solitário. Ronin é uma história samurai de ficção científica foi a primeira de inúmeras parcerias com sua esposa Lyn Varley.
A Consagração

O Sucesso da revista não se restringe à ousadia
do roteiro, mas também se relaciona com o esquema de
construção dos elementos visuais, estruturados
com base em 16 painéis ou quadrinhos por página,
criando um senso de urgência que é às
vezes bruscamente interrompido por meias páginas ou
páginas inteiras com uma única imagem, criando um
momento de alívio para o leitor, segundo o
próprio Miller.
Além disso, em “Dark Knight”, Miller
consegue introduzir uma atmosfera densa e ameaçadora
exatamente como os romances policiais noir que ele tanto admirava..
Podemos ainda acrescentar a arte final de Klaus Janson e as cores de
Lynn Varley, esposa de Miller na época, para deixar este
ambiente ainda mais misterioso.
A partir do final da década de 80, embora reconhecesse que os grandes personagens , chamados comerciais, tivesse contribuído em muito para o seu sucesso Miller passou a buscar um espaço editorial alternativo em sua liberdade criativa não estivesse subordinada ao impacto lucrativo ditado pelas grandes editoras quadrinísticas como a Marvel e Dc Comics. Frank encontrou na Dark Horse o espaço que procurava e onde os direitos autorais pertencem ao autor e não a editora. Neste ambiente editorial que surgiu sua obra mais ambiciosa, o primeiro epsódio da renomada trama, Sin City, que foi publicada na revista Dark Horse Presents n. 51, de junho de 1991.
Sin City era o seu sonho de 18 anos tornado realidade. Finalmente, ele conseguia seguir nos quadrinhos as pegadas dos autores policiais que tanto admirara na juventude. Mais até: ia muito além do que estes haviam feito, criando um ritmo cinematográfico e um contraste branco e preto como poucos autores haviam feito antes dele, refletindo a influência de grandes autores dos quadrinhos, como Will Eisner e Johnny Craig.
Na editora Dark Horse Miller participou do selo Legend, em que vários escritores e artistas publicavam obras das quais mantinham a propriedade intelectual. Nesse selo ele teve publicados Give Me Liberty (Liberdade, 1990), com Dave Gibbons; Hard Boiled (1990) e Big Guy and Rusty the Boy Robot (1996), ambos com arte de Geof Darrow; e Sin City: A Dame to Kill For (1993-1994) e Sin City: The Big Fat Kill (1994-1995), dando seqüência com suas experimentações em branco e preto de forma visualmente estimulante, às aventuras de seu detetive Marv nas ruas de Basin City.
Além dos títulos já mencionados, os últimos 20 anos foram marcados por uma intensa atividade quadrinhística por parte de Frank Miller. Realizados muitas vezes em parceria com grandes nomes da indústria quadrinhística, seus trabalhos são em geral recebidos com grande receptividade por parte de leitores de todas as idades, tanto os títulos em que mostra sua interpretação de personagens consagrados do mundo dos super-heróis quanto àqueles apresenta personagens desconhecidos mas carregados de suas carcteristicas pessoais e inigualáveis. Entre seus trabalhos, podem ser citados:
Daredevil: Love and War (1986): em parceria com Bill Sienkiewicz, retoma o embate do protagonista com seu principal oponente, Kingspin (no Brasil, O Rei);
Elektra: Assassin (1986-1987): também em parceria com Sienkiewicz, apresenta uma incursão no passado da personagem por ele criada para as histórias do Demolidor (Elektra Assassina);
Batman: Year One (1987): a versão de Miller para o passado de Batman, criada em parceria com David Mazzucchelli (Batman Ano Um);
Elektra Lives Again (1990): com cores de Lynn Varley, apresenta a história da ressurreição da heroina e de sua busca pelo Demolidor (Elektra Vive);
Daredevil: Man without Fear (1993): trabalhando com John Romita Jr., reconta a história da origem do Demolidor de forma semelhante à que fizera em Batman: Year One, mas sem obter o mesmo sucesso (Demolidor: O Homem Sem Medo);
300 (1998): publicada no Brasil como 300 de Esparta, mostra a versão de Miller, com cores de Lynn Varley, de um episódio das Guerras Médicas, em que os antigos gregos e os medo-persas se enfrentaram, no século V a.C. Conhecido como Batalha das Termópilas, esse episódio relata a resistência do Rei Leônidas e seu exército de 300 espartanos e 1000 gregos livres de outras regiões contra o exército do Rei Xerxes, da Pérsia, estimado entre 60 e 70 mil homens;
Batman: The Dark Knight Strikes Again (2001-2002): seqüência de Batman: The Dark Knight Returns, desta vez realizada apenas com a ajuda de Lynn Varley na colorização; representou a capitulação de Miller ao fascínio do lucro fácil proporcionado pela proximidade às grandes corporações dos quadrinhos, sendo uma obra controversa e bastante criticada pelos leitores, que a consideram uma traição ao que o autor havia feito em sua incursões anteriores com o Cavaleiro das Trevas.
A partir do final da década de 80, embora reconhecesse que os grandes personagens , chamados comerciais, tivesse contribuído em muito para o seu sucesso Miller passou a buscar um espaço editorial alternativo em sua liberdade criativa não estivesse subordinada ao impacto lucrativo ditado pelas grandes editoras quadrinísticas como a Marvel e Dc Comics. Frank encontrou na Dark Horse o espaço que procurava e onde os direitos autorais pertencem ao autor e não a editora. Neste ambiente editorial que surgiu sua obra mais ambiciosa, o primeiro epsódio da renomada trama, Sin City, que foi publicada na revista Dark Horse Presents n. 51, de junho de 1991.
Sin City era o seu sonho de 18 anos tornado realidade. Finalmente, ele conseguia seguir nos quadrinhos as pegadas dos autores policiais que tanto admirara na juventude. Mais até: ia muito além do que estes haviam feito, criando um ritmo cinematográfico e um contraste branco e preto como poucos autores haviam feito antes dele, refletindo a influência de grandes autores dos quadrinhos, como Will Eisner e Johnny Craig.
Na editora Dark Horse Miller participou do selo Legend, em que vários escritores e artistas publicavam obras das quais mantinham a propriedade intelectual. Nesse selo ele teve publicados Give Me Liberty (Liberdade, 1990), com Dave Gibbons; Hard Boiled (1990) e Big Guy and Rusty the Boy Robot (1996), ambos com arte de Geof Darrow; e Sin City: A Dame to Kill For (1993-1994) e Sin City: The Big Fat Kill (1994-1995), dando seqüência com suas experimentações em branco e preto de forma visualmente estimulante, às aventuras de seu detetive Marv nas ruas de Basin City.
Além dos títulos já mencionados, os últimos 20 anos foram marcados por uma intensa atividade quadrinhística por parte de Frank Miller. Realizados muitas vezes em parceria com grandes nomes da indústria quadrinhística, seus trabalhos são em geral recebidos com grande receptividade por parte de leitores de todas as idades, tanto os títulos em que mostra sua interpretação de personagens consagrados do mundo dos super-heróis quanto àqueles apresenta personagens desconhecidos mas carregados de suas carcteristicas pessoais e inigualáveis. Entre seus trabalhos, podem ser citados:
Daredevil: Love and War (1986): em parceria com Bill Sienkiewicz, retoma o embate do protagonista com seu principal oponente, Kingspin (no Brasil, O Rei);
Elektra: Assassin (1986-1987): também em parceria com Sienkiewicz, apresenta uma incursão no passado da personagem por ele criada para as histórias do Demolidor (Elektra Assassina);
Batman: Year One (1987): a versão de Miller para o passado de Batman, criada em parceria com David Mazzucchelli (Batman Ano Um);
Elektra Lives Again (1990): com cores de Lynn Varley, apresenta a história da ressurreição da heroina e de sua busca pelo Demolidor (Elektra Vive);
Daredevil: Man without Fear (1993): trabalhando com John Romita Jr., reconta a história da origem do Demolidor de forma semelhante à que fizera em Batman: Year One, mas sem obter o mesmo sucesso (Demolidor: O Homem Sem Medo);
300 (1998): publicada no Brasil como 300 de Esparta, mostra a versão de Miller, com cores de Lynn Varley, de um episódio das Guerras Médicas, em que os antigos gregos e os medo-persas se enfrentaram, no século V a.C. Conhecido como Batalha das Termópilas, esse episódio relata a resistência do Rei Leônidas e seu exército de 300 espartanos e 1000 gregos livres de outras regiões contra o exército do Rei Xerxes, da Pérsia, estimado entre 60 e 70 mil homens;
Batman: The Dark Knight Strikes Again (2001-2002): seqüência de Batman: The Dark Knight Returns, desta vez realizada apenas com a ajuda de Lynn Varley na colorização; representou a capitulação de Miller ao fascínio do lucro fácil proporcionado pela proximidade às grandes corporações dos quadrinhos, sendo uma obra controversa e bastante criticada pelos leitores, que a consideram uma traição ao que o autor havia feito em sua incursões anteriores com o Cavaleiro das Trevas.
Cinema
A relação de Miller com sétima arte se inciou escrevendo roteiros para filmes, sendo os mais notáveis Robocop 2 (1990) e Robocop 3 (1993). Podemos perceber uma certa semelhança narrativa com o roteiro de Cavaleiro das Trevas, em ambas as obras a trama principal é entremeada como noticiários televisivos. Porém estas experiências foram um tanto negativas para Miller, uma vez suas idéias foram retalhadas pela produtoras dos filmes. Miller chegou a afirmar que nunca mais trabalharia em produções cinematográficas após este epsódio. Tempos depois já na Dark Horse , que é dona dos direitos do personagem Robocop, Frank fez sua própria versão em quadrinhos de Robocop 3. A posição de Miller em relação às adaptações cinamatográficas mudaria depois que Robert Rodriguez (diretor de El Mariachi) mostrou-lhe um curta-metragem baseado em um dos contos de Sin City — filmado sem o conhecimento do autor. Miller teria ficado tão satisfeito com o resultado que aceitou adaptar Sin City para o cinema em 2005. O filme foi co-dirigido por Rodriguez e Miller, tendo Quentin Tarantino como diretor especialmente convidado de uma das cenas do filme, utilizando fielmente a seqüência dos quadrinhos e o jogo de luzes e sombras dos desenhos de Frank Miller (que faz uma ponta como um padre).
Depois do sucesso dessa experiência, foi filmado 300, baseado na sua obra Os 300 de Esparta ,sua mais recente aventura cinematográfica. Em 2008 Miller dirigiu The Spirit, baseado no famoso personagem de Will Eisner.
A relação de Miller com sétima arte se inciou escrevendo roteiros para filmes, sendo os mais notáveis Robocop 2 (1990) e Robocop 3 (1993). Podemos perceber uma certa semelhança narrativa com o roteiro de Cavaleiro das Trevas, em ambas as obras a trama principal é entremeada como noticiários televisivos. Porém estas experiências foram um tanto negativas para Miller, uma vez suas idéias foram retalhadas pela produtoras dos filmes. Miller chegou a afirmar que nunca mais trabalharia em produções cinematográficas após este epsódio. Tempos depois já na Dark Horse , que é dona dos direitos do personagem Robocop, Frank fez sua própria versão em quadrinhos de Robocop 3. A posição de Miller em relação às adaptações cinamatográficas mudaria depois que Robert Rodriguez (diretor de El Mariachi) mostrou-lhe um curta-metragem baseado em um dos contos de Sin City — filmado sem o conhecimento do autor. Miller teria ficado tão satisfeito com o resultado que aceitou adaptar Sin City para o cinema em 2005. O filme foi co-dirigido por Rodriguez e Miller, tendo Quentin Tarantino como diretor especialmente convidado de uma das cenas do filme, utilizando fielmente a seqüência dos quadrinhos e o jogo de luzes e sombras dos desenhos de Frank Miller (que faz uma ponta como um padre).
Depois do sucesso dessa experiência, foi filmado 300, baseado na sua obra Os 300 de Esparta ,sua mais recente aventura cinematográfica. Em 2008 Miller dirigiu The Spirit, baseado no famoso personagem de Will Eisner.
Frank Miller se tornou como poucos um ícone tanto no
universo dos quadrinhos quanto no cinema. Sua visão
característica que se consolidou em uma referencia no uso do
contraste de luz e sombras em seus desenhos e seus roteiros
particulares que o consagraram como um dos grandes contadores de
histórias do mundo dos Quadrinhos e do Cinema.
Fontes : Wikepédia e Omelete
Legal essa biografia!
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